26 de set. de 2012

Frankly, my dear...

"My darling, you're such a child. You think that by saying, "I'm sorry," all the past can be corrected."
O Vento Levou sempre foi um dos meus filmes favoritos. Tudo começou à força na verdade, com longas 4 horas sendo obrigada a fazer companhia para minhas avós enquanto elas viam de novo, de novo e de novo. Pobre criança que não sabia aproveitar enquanto tinha, mas isso é assunto para outro post... bem, será mesmo? Enfim, acabei me apaixonando pelo filme, mas muito mais pela personalidade da Scarlett O'Hara. Ela é um exemplo de mulher forte para mim, e assim dá pra ter uma idéia dos valores que eu absorvi na infância. Mas Scarlett tem seu valor, ela só não é a clássica heroína boazinha. Mas não é disso que eu queria falar.
Sempre achei o final, apesar de incrível e original para uma menina que só tinha visto contos de fada até então, um pouco decepcionante também. Oras, a Scarlett abriu seu coração para o Rhett, eles se amavam, porque eles não podiam resolver sua vida e ficar juntos? Qual era a dificuldade? E uma imagem que não sei porque razão, já que não está presente no diálogo original, mas está associada a essa cena pra mim é do Rhett falar em vasos quebrados. Provavelmente eu só sonhei com isso ou li errado a legenda, mas sempre foi importante pra mim. Durante todo esse tempo eu achei idiota você dizer que não pode consertar um vaso, porque vasos podem ser colados. Pra mim, o passado podia sim ser consertado.
Mas hoje eu vejo que não, Rhett estava certo. Desculpas não mudam o que passou. Um vaso quebrado pode ser colado, mas as linhas dos cortes antigos vão estar sempre lá, grosseiramente apontando que um dia aquilo se despedaçou. A cola sempre vai ser uma lembrança de um remendo, e o vaso claramente não tem o mesmo valor de antes. 
Então pra quê o esforço de colocar tudo no lugar se não será a mesma coisa? 
Eu estou numa política agora de não me desculpar.
Talvez eu reconheça minha culpa, mas não do que eu disser vai colocar os cacos exatamente em seu lugar.
E é preciso viver com isso.

2 de set. de 2012

Questão de centímetros, digo, princípios.

Uma verdadeira crise existencial tem me perseguido nos últimos meses. Fiquei todo esse tempo diante da dúvida, sem saber o que fazer. Até onde a minha alma feminina me levaria contra a razão e o bom senso? Que poder é esse que a sociedade tanto exerce sobre nós? Pois bem, resolvi me abrir sobre esse problema, talvez haja luz no final do túnel para mim. Talvez, dividindo isso aqui, eu encontre a paz que fez questão de me abandonar desde aquele fatídico dia. O dia em que eu conheci os malditos sneakers com salto.
Não ria. É sério.
Antes que algum querido leitor - talvez o único - resolva fechar essa página e me achar mais uma louca-fashion-victim-consumista-capitalista, prometo que tentarei tirar algum conteúdo relevante disso tudo. Ou não, mas farei com que o relato seja ao menos interessante.
Pra quem não conhece, eis os malditos.